Os principais riscos na construção civil envolvem quedas de altura, choques elétricos, ruídos intensos, partículas em suspensão e contato com produtos químicos. Por esse motivo, o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) é indispensável para garantir a segurança dos trabalhadores e para atender às exigências das normas regulamentadoras.
Com o avanço constante das técnicas de construção, os riscos também evoluem, exigindo EPIs mais modernos e eficientes. Capacetes, luvas, óculos de proteção e sistemas de segurança contra quedas são apenas alguns dos itens necessários. Cada equipamento é selecionado de acordo com a atividade desempenhada e com os perigos presentes no local.
Além de proteger contra lesões e impactos diretos, os Equipamentos de Proteção Individual são exigidos por normas regulamentadoras específicas. Empresas e trabalhadores devem seguir padrões legais que determinam quando e como esses equipamentos devem ser usados. A não conformidade pode gerar multas e comprometer a segurança do canteiro de obras.
A seguir, você entenderá o que é um EPI, o que diz a legislação brasileira, quais EPIs são mais usados na construção civil, além de conferir as principais medidas de segurança e a importância de investir em prevenção. Continue a leitura!
Um EPI (Equipamento de Proteção Individual) é qualquer dispositivo, acessório ou equipamento utilizado pelo trabalhador com o objetivo de protegê-lo contra riscos que possam ameaçar sua segurança ou saúde durante a execução das atividades.
Ele é projetado para reduzir ou eliminar a exposição a perigos específicos, como impacto, ruído, poeira, agentes químicos, quedas, cortes ou choques elétricos. Exemplos comuns incluem capacete de segurança, óculos de proteção, luvas, botas, respiradores e cintos de segurança.
O EPI funciona como uma barreira entre o trabalhador e os riscos do ambiente de trabalho, garantindo mais segurança, conforto e prevenção de acidentes.
A Norma Regulamentadora nº 06 (NR 06) determina que o empregador deve fornecer gratuitamente todos os EPIs necessários, adequados ao risco e com Certificado de Aprovação (CA) válido. Também exige que a empresa treine o trabalhador sobre uso, higienização, conservação e guarda dos equipamentos.
A NR 06 ainda reforça que o trabalhador é responsável por usar o EPI corretamente, comunicar danos e participar dos treinamentos oferecidos.
A NR 18 trata das condições de segurança e saúde nos canteiros de obras e reforça a obrigatoriedade do uso dos EPIs conforme o risco da atividade. Ela exige que:
› nenhuma atividade seja realizada sem os equipamentos de proteção necessários;
› o empregador implemente medidas de proteção coletiva antes dos EPIs;
› haja fiscalização constante e orientações de segurança no canteiro;
› trabalhadores sejam orientados e treinados sobre riscos e EPIs aplicáveis;
O descumprimento das normas pode resultar em: multas, embargos de obras, e interdições.
Os EPIs usados na construção civil variam de acordo com os riscos de cada atividade, mas alguns são indispensáveis em praticamente todos os canteiros de obras. Cada equipamento é projetado para proteger uma parte específica do corpo e evitar acidentes como quedas, cortes, impactos, ruídos, respingos químicos e choques elétricos.
A seguir, listamos os principais EPIs utilizados no setor:
Proteção da cabeça
› Capacete de segurança com jugular
› Capacete com aba frontal para proteger contra impactos e quedas de objetos
Proteção dos olhos e face
› Óculos de proteção contra partículas
› Óculos com lentes incolores, escuras ou especiais
› Protetor facial para riscos de respingos químicos, poeira intensa ou faíscas
Proteção auditiva
› Protetores auriculares tipo plug
› Conchas acústicas para áreas com ruído acima dos limites permitidos
Proteção respiratória
› Máscaras PFF1, PFF2 ou PFF3
› Respiradores semifaciais com filtros químicos ou mecânicos
› Máscaras contra poeira, névoas, fumos e vapores tóxicos
Proteção das mãos
› Luvas de vaqueta
› Luvas anticorte
› Luvas de borracha nitrílica
› Luvas isolantes para trabalhos elétricos
Proteção contra quedas
› Cinturão de segurança tipo paraquedista
› Talabarte duplo com absorvedor de energia
› Trava-quedas retrátil
› Linha de vida
Proteção do tronco e corpo
› Aventais (raspa, PVC, borracha)
› Jalecos e macacões para proteção geral
› Colete refletivo para sinalização e visibilidade
Quando utilizados corretamente, os EPIs reduzem significativamente a ocorrência de lesões, afastamentos e acidentes graves. Além de proteger a integridade física, eles contribuem para um ambiente de trabalho mais seguro, onde o profissional se sente confiante para executar suas atividades com atenção e desempenho.
Outro ponto é a conformidade com as NRs. As normas regulamentadoras, como a NR 06 e a NR 18, tornam obrigatório o fornecimento e o uso dos EPIs. O não cumprimento dessas exigências pode resultar em multas, interdições de obras e responsabilização da empresa em caso de acidentes.
Investir em EPIs reduz custos com indenizações, evita prejuízos operacionais e aumenta a produtividade ao garantir que os trabalhadores estejam protegidos e preparados. Além disso, são importantes para promover segurança, prevenir acidentes e manter o canteiro de obras funcionando de forma eficiente e responsável.
Medidas de segurança têm como objetivo prevenir acidentes, organizar o canteiro de obras e garantir que todas as atividades ocorram de forma eficiente e segura. Elas envolvem desde o planejamento das tarefas até o monitoramento constante dos riscos, sempre alinhadas às normas regulamentadoras.
Uma das medidas mais importantes é a implantação de Proteções Coletivas (EPCs), como guarda-corpos, redes de proteção, sinalizações, plataformas de trabalho e escadas adequadas. Esses equipamentos reduzem os riscos de quedas, colisões e acidentes com ferramentas ou máquinas, garantindo proteção para todos os trabalhadores simultaneamente.
Além disso, deve-se manter o canteiro organizado e limpo, com armazenamento correto de materiais, passagens desobstruídas e controle rigoroso de resíduos. Máquinas e ferramentas devem passar por manutenção periódica, calibragem e inspeções antes do uso, evitando falhas que possam gerar acidentes graves.
Outra medida indispensável é a capacitação contínua dos trabalhadores, incluindo treinamentos de segurança, orientação sobre riscos específicos e uso correto dos EPIs. O acompanhamento de um profissional de segurança do trabalho, aliado a uma comunicação clara entre equipes, fortalece a cultura de prevenção e reduz significativamente ocorrências no local.
O uso de EPIs na construção civil representa uma prática indispensável para manter a segurança em um ambiente repleto de riscos diários. Esses equipamentos ajudam a reduzir impactos causados por quedas, ruído, partículas e agentes químicos, oferecendo ao trabalhador condições mais seguras para desempenhar suas atividades.
A legislação, por meio da NR 06 e da NR 18, reforça a importância de orientar, treinar e fornecer EPIs adequados para cada tarefa. Quando essas exigências são combinadas com medidas de proteção coletiva, organização do canteiro e manutenção contínua, cria-se um cenário mais preparado para prevenir incidentes.
Dessa forma, investir em EPIs e em boas práticas de segurança é uma decisão que beneficia tanto trabalhadores quanto empresas. Com mais proteção, confiança e conscientização, o ambiente de trabalho se torna mais produtivo, mais responsável e alinhado às melhores práticas da construção civil.
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