Os líquidos inflamáveis são substâncias que possuem ponto de fulgor igual ou inferior a 60°C, conforme definição técnica. O ponto de fulgor é a temperatura mínima na qual o líquido libera vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável com o ar. Exemplos comuns incluem etanol, gasolina, solventes e tintas, amplamente utilizados em diversos segmentos da indústria.
A NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis é a norma que estabelece requisitos mínimos para a gestão de riscos relacionados a líquidos inflamáveis e outros combustíveis. A NR 20 define critérios para armazenamento, manuseio, transporte e identificação de áreas classificadas, visando prevenir acidentes graves.
A norma determina ainda a obrigatoriedade do fornecimento e uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) para trabalhadores expostos a líquidos inflamáveis. Os EPIs mais utilizados incluem: luvas e aventais antiestáticos, óculos ou protetores faciais, e calçados de segurança isolantes. O uso adequado dos EPIs deve ser combinado com orientações claras e fiscalização constante.
Garantir a segurança no trabalho com líquidos inflamáveis exige conhecimento técnico, cumprimento da NR 20, uso correto de EPIs e treinamentos constantes. A adoção de medidas preventivas, associada à conscientização das equipes, protege vidas, evita danos ambientais e possibilita a continuidade das operações industriais.
No artigo de hoje falaremos sobre líquidos inflamáveis, riscos de acidentes, medidas de segurança, qual NR fala sobre o tem, e determinações da NR 20 a respeito do uso de EPIs. Continue a leitura!
Líquidos inflamáveis são substâncias que possuem ponto de fulgor igual ou inferior a 60°C, conforme definido por normas técnicas e regulamentações como a NR 20 (Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis).
Ponto de fulgor é a temperatura mínima na qual o líquido libera vapores suficientes para formar uma mistura inflamável com o ar. A inflamabilidade está diretamente ligada à facilidade com que esses vapores entram em combustão na presença de uma fonte de ignição (como faíscas, chamas ou superfícies aquecidas).
Exemplos de líquidos inflamáveis:
• Gasolina
• Etanol
• Solventes (como thinner)
• Acetona
• Óleos leves e vernizes
De forma geral, quanto mais baixo o ponto de fulgor, maior o risco associado ao manuseio e armazenamento desses líquidos no ambiente de trabalho. É por isso que a gestão correta e o cumprimento das normas de segurança são tão importantes.
A NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis é a Norma Regulamentadora que trata especificamente sobre líquidos inflamáveis, além de gases inflamáveis e outros tipos de combustíveis.
A NR 20 estabelece requisitos mínimos para:
• Armazenamento, manuseio e transporte seguro de líquidos inflamáveis.
• Classificação das áreas e instalações de risco.
• Capacitação e treinamento obrigatório para os trabalhadores.
• Uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs).
• Medidas de prevenção contra incêndios, explosões e vazamentos.
Essa norma tem como objetivo reduzir riscos ocupacionais e garantir a segurança do trabalho em ambientes que utilizam ou armazenam produtos inflamáveis.
No ambiente de trabalho, a presença de líquidos inflamáveis exige atenção e aplicação das normas de segurança. A combinação de vapores inflamáveis, fontes de ignição e falhas operacionais pode gerar acidentes graves, colocando em risco trabalhadores, instalações e o meio ambiente. A seguir, conheça os tipos de acidentes mais frequentes e compreenda por que a prevenção é imprescindível.
Incêndios – provocados por faíscas, superfícies quentes ou descargas elétricas que entram em contato com vapores inflamáveis, muitas vezes acumulados em ambientes mal ventilados.
Explosões – geradas pelo acúmulo de vapores inflamáveis em espaços confinados ou recipientes pressurizados, quando ocorre uma ignição.
Queimaduras graves – resultado de acidentes durante o manuseio, especialmente quando não são utilizados os EPIs adequados ou quando há vazamentos.
Danos ambientais – provocados pelo derramamento ou vazamento de líquidos inflamáveis, que podem contaminar solo, rios e lençóis freáticos.
Trabalhar com líquidos inflamáveis exige a adoção de práticas para minimizar riscos e proteger a integridade física dos colaboradores e das instalações. A implementação de medidas de segurança específicas é fundamental para evitar acidentes, garantindo o controle efetivo dos perigos associados a essas substâncias. Confira as principais ações recomendadas para um ambiente seguro e conforme a legislação vigente:
Armazenamento adequado – utilizar recipientes certificados, áreas ventiladas e sinalizadas, afastadas de fontes de calor, descargas elétricas e chamas abertas.
Controle de fontes de ignição – manter equipamentos elétricos protegidos contra explosão, evitar faíscas, soldas e objetos metálicos que possam gerar centelhas.
Aterramento e equipotencialização – reduzir o risco de descargas eletrostáticas durante o abastecimento ou transferência de líquidos inflamáveis.
Uso correto de EPIs – como luvas, óculos de segurança, calçados condutivos ou antiestáticos, conforme previsto na NR 20.
Procedimentos operacionais padronizados – treinamentos, inspeções rotineiras, manutenção preventiva e instruções claras sobre emergência e evacuação.
Essas medidas devem fazer parte de um programa integrado de segurança, alinhado às exigências legais e adaptado às características de cada ambiente de trabalho.
A NR 20 destaca que os trabalhadores expostos a líquidos inflamáveis devem utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, fornecidos gratuitamente pelo empregador, como parte essencial das medidas de prevenção.
Entre as orientações previstas, a NR 20 determina:
• Avaliação de risco para definir quais EPIs são necessários, conforme as atividades desenvolvidas e o tipo de inflamável manuseado.
• Uso de luvas e aventais antiestáticos, para evitar centelhas durante o contato direto ou transferência dos líquidos.
• Óculos de segurança ou protetores faciais, para proteger os olhos e o rosto contra respingos.
• Calçados de segurança condutivos ou antiestáticos, reduzindo o risco de descargas eletrostáticas que podem provocar ignições.
• Garantia de que os EPIs sejam certificados, conservados e utilizados corretamente, com treinamentos periódicos para orientar os trabalhadores.
Essas exigências reforçam que o uso de EPIs deve estar integrado a outras medidas de segurança coletiva e a procedimentos operacionais padronizados para garantir um ambiente de trabalho mais seguro.
O trabalho com líquidos inflamáveis envolve riscos que exigem mais do que apenas medidas técnicas e uso de EPIs: é necessário investir em capacitação contínua. O treinamento adequado prepara os trabalhadores para identificar perigos, adotar práticas seguras e agir corretamente em situações de emergência. Entenda por que a formação é obrigatória para garantir segurança, prevenir acidentes e atender às exigências da NR 20.
Conscientização sobre os riscos – capacita os trabalhadores a identificar perigos relacionados aos vapores inflamáveis, áreas classificadas e fontes de ignição.
Prevenção de acidentes – ensina práticas seguras de manuseio, armazenamento e transporte, reduzindo a probabilidade de incêndios, explosões e vazamentos.
Uso correto de EPIs e sistemas de segurança – orienta sobre a importância de utilizar equipamentos de proteção individual e coletiva conforme a NR 20.
Procedimentos de emergência – prepara as equipes para agir rapidamente em casos de vazamento ou princípio de incêndio, minimizando as consequências.
Atendimento às exigências legais – garante conformidade com a legislação trabalhista e normas regulamentadoras, evitando autuações e penalidades.
A segurança no trabalho com líquidos inflamáveis depende, antes de tudo, do entendimento correto sobre o que são essas substâncias e dos riscos que representam. Substâncias com ponto de fulgor igual ou inferior a 60°C liberam vapores que podem se incendiar facilmente, tornando indispensável a aplicação de práticas preventivas específicas. A NR 20, norma regulamentadora que trata desse tema, estabelece critérios técnicos que orientam empresas e trabalhadores quanto ao manuseio, armazenamento e transporte seguro desses produtos.
Entre os principais acidentes registrados estão incêndios, explosões, queimaduras graves e danos ambientais causados por vazamentos ou derramamentos. Esses eventos geralmente decorrem de falhas no controle de fontes de ignição, armazenamento inadequado ou ausência de ventilação eficaz. Conhecer essas ocorrências mais comuns ajuda a estruturar programas de prevenção mais completos e assertivos, evitando consequências graves para pessoas, patrimônios e meio ambiente.
A aplicação de medidas de segurança inclui o uso de EPIs adequados, como luvas antiestáticas, calçados condutivos e protetores faciais, bem como sistemas de contenção, sinalização e controle de fontes de calor. Essas ações devem estar alinhadas às diretrizes da NR 20 e ser acompanhadas de procedimentos operacionais padronizados. Além disso, o planejamento deve considerar inspeções periódicas, manutenção preventiva e a eliminação ou isolamento de riscos potenciais.
Por fim, o treinamento assume um papel central na proteção dos trabalhadores, tornando possível identificar perigos, utilizar EPIs corretamente e agir de forma rápida em situações de emergência. Investir em capacitação e reciclagem periódica não só atende às exigências legais, como também fortalece a cultura de segurança, contribuindo para um ambiente de trabalho mais responsável, eficiente e livre de acidentes graves envolvendo líquidos inflamáveis.
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